sexta-feira, 8 de maio de 2009

A literatura Infantil e a resolução de problemas em matemática

De modo geral, os problemas que propomos aos nossos alunos são do tipo padrão. Isto é: • podem ser resolvidos pela aplicação direta de um ou mais algoritmos; • a tarefa básica, na sua resolução, é identificar que operação ou algoritmo são apropriados para mostrar a solução e transformar a linguagem usual em linguagem matemática; • a solução numericamente correta é ponto fundamental; • a solução sempre existe e é única; • o problema é apresentado por meio de frases, diagramas ou parágrafos curtos e vem sempre após a apresentação de determinado conteúdo ou algoritmo; • todos os dados de que o resolvedor necessita aparecem explicitamente no problema; • não exige qualquer forma de resolver mais elaborada para sua solução. Combinadas estas características, a maioria dos problemas convencionais acaba transformando o que deveria ser um processo de investigação em uma retórica de formular e responder questões e gera uma busca frenética por uma sentença matemática que leve a uma resposta correta. Quando adotamos os problemas padrão como único material para o trabalho com resolução de problemas na escola, podemos levar o aluno a uma postura de fragilidade diante de situações que exijam criatividade. Ao se deparar com um problema em que não identifica a operação a ser utilizada, só lhe resta desistir e esperar a resposta do professor ou de um colega. Algumas vezes, ele resolverá o problema mecanicamente sem ter entendido o que fez e não será capaz de confiar na resposta que encontrou, ou mesmo de verificar se ela é adequada aos dados apresentados no enunciado. Por envolver, entre outros aspectos, a coordenação do conhecimento, experiência anterior, intuição, confiança, análise e comparação, a resolução de problemas é uma atividade complexa que não pode ser reduzida a um algoritmo por meio do qual o aluno chegue a uma solução seguindo regras pré-estabelecidas. Para iniciar uma mudança nesse quadro, é preciso, em primeiro lugar, que consideremos um problema como uma situação na qual o resolvedor não tem a garantia de obter a solução com o uso direto de um algoritmo. Tudo que ele conhece tem de ser combinado de maneira nova para que ele resolva o que está sendo proposto. Deste modo, um bom problema deve ser interessante, desafiador e significativo para o aluno, permitindo que ele formule e teste hipóteses e conjecturas. Em segundo lugar, é necessário estabelecer metas para o trabalho com resolução de problemas na escola básica: • desenvolver e aplicar estratégias para resolver uma grande variedade de problemas; • formular problemas a partir de situações matemáticas ou não; • verificar e interpretar resultados com respeito ao problema proposto; • usar resolução de problemas para investigar e entender os conteúdos matemáticos; • adquirir confiança em usar matemática. Isto implica em dizer que nossa proposta para resolução de problemas não se restringe a uma simples instrução em como se resolver um problema ou determinados tipos de problemas. Não se trata também de considerar resolução de problemas como um conteúdo isolado dentro do currículo. Acreditamos que resolução de problemas é uma metodologia de trabalho por meio da qual os alunos são envolvidos em “fazer” matemática, isto é, eles tornam-se capazes de formular e resolver por si questões matemáticas e, com a possibilidade de questionar e levantar hipóteses, adquirem, relacionam e aplicam conceitos matemáticos.
Sob esse enfoque, resolver problemas é um espaço para fazer colocações, comunicar idéias, investigar relações, sendo, portanto, um momento para desenvolver noções e habilidades matemáticas. Desenvolver a habilidade de resolver problemas pode criar conexões entre o entendimento informal que a criança traz para a escola e o conhecimento formal esboçado pelo currículo de matemática. Esta mudança de postura exige também que busquemos outras fontes, além do livro didático, que propiciem ao aluno a aquisição de novos conceitos ou habilidades e, neste trabalho, tentamos mostrar que a literatura infantil explorada via metodologia da resolução de problemas é um recurso rico para ser utilizado com esta finalidade. A literatura, seja poesia, histórias, fábulas ou contos, é facilmente acessível e proporciona contextos que trazem múltiplas possibilidades de exploração que vão desde a formulação de questões por parte dos alunos, até desenvolvimento de múltiplas estratégias de resolução das questões colocadas. Esta conexão da matemática com a literatura infantil propicia um momento para aprender novos conceitos ou utilizar os já aprendidos. Ao longo do trabalho são feitas tentativas no sentido de matematizar uma dada situação apresentada num texto e a idéia central é estabelecer um caminho que ajude a percepção matemática dos alunos.
Postado no site: www.scribd.com/doc/3347544/Matematica-A-leitura-e-a-Literatura-nas-Aulas-de-Matematica - 653k Acesso em: 08/05/2009

A literatura nas aulas de matemática


TRAZENDO A LITERATURA PARA AS AULAS DE MATEMÁTICA

Ao utilizar livros infantis, os professores podem provocar pensamentos matemáticos por intermédio de questionamentos ao longo da leitura, ao mesmo tempo em que a criança se envolve com a história. Assim, a literatura pode ser usada como um estímulo para ouvir, ler, pensar e escrever sobre matemática. Para iniciar o trabalho, é importante, em primeiro lugar, que o professor goste de ler e tenha em mãos os livros com os quais queira trabalhar para que possa conhecer a história, visualizar as gravuras, que, muitas vezes, sugerem a exploração de um ou mais temas, e também para que possa elaborar atividades que sejam adequadas à classe com a qual está trabalhando. Em segundo lugar, é fundamental que os alunos conheçam a história e se interessem por ela. Para isso, o professor pode recorrer inicialmente aos mesmos recursos que utiliza ao trabalhar as histórias nas aulas de língua materna e é até interessante que faça assim para que as atividades surjam naturalmente como uma extensão do que os alunos estão acostumados a fazer com textos infantis. Para desenvolver uma atividade com literatura infantil e matemática, não há necessidade de um livro para cada criança, pois a classe pode ouvir a história ou lê-la em duplas ou grupos. Após os alunos terem lido ou escutado a história, eles podem expressar o que perceberam, usando recursos como: cartazes, murais, álbum seriado, flanelógrafo, dramatização ou então, por meio de diferentes formatos escritos como: anúncios ou artigos de jornal ou mesmo pequenos textos que mostrem idéias apresentadas no livro. A matemática pode aparecer relacionada ao próprio texto, enredo do livro ou estar implícita a ele, e necessitar de algumas problematizações para ser percebida pelos alunos. Em ambos os casos, é preciso deixar claro que uma mesma história deve ser lida e relida entre uma atividade e outra, para que as crianças possam perceber todas as suas características e, por isso, um mesmo texto pode ser utilizado em diferentes momentos do ano. Ao usar o livro, pode-se ir propondo questões de forma a tornar o trabalho mais dinâmico: O que será que vem agora? Como será o final? Quais as diferenças e semelhanças
entre esta página e a anterior? Também podem ser feitas modificações em determinados trechos do livro e até outros finais para a história. O professor deve também ficar atento sobre problematizações relativas a alguma página ou figura do livro que possa fazer ao longo da própria leitura. Desta forma, inicia-se a exploração matemática pelo que o próprio texto sugere e, durante os primeiros contatos dos alunos com a obra, o professor seleciona os aspectos matemáticos que deseja enfatizar para atender aos seus objetivos. Muitos livros trazem a matemática relacionada ao próprio texto, outros servirão para relacionar a matemática com outras áreas do currículo; há aqueles que envolvem determinadas habilidades matemáticas que se deseja desenvolver, e outros, ainda, providenciam uma motivação para o uso de materiais didáticos. Um livro, às vezes, sugere uma variedade de atividades que podem guiar os alunos para os tópicos matemáticos e habilidades além daquelas mencionadas no texto. Isto significa que “garimpando” nas entrelinhas, podemos propor problemas utilizando as idéias aí implícitas.
Texto - 1 Os números fora da escola
A idéia de que a Matemática só tem utilidade prática naquelas profissões que lidam com números – como a engenharia ou a contabilidade – encontra cada vez menor respaldo na realidade. O raciocínio lógico e os cálculos começam a ser exigidos em profissões que antes passavam bem sem eles. A bióloga mineira Maria da Conceição Carvalho, por exemplo, passa o dia fazendo contas. Funcionária do zoológico de Belo Horizonte, uma de suas funções é alimentar os animais. Para isso, ela precisa fazer cálculos exaustivos sobre a quantidade de calorias, proteínas e vitaminas necessárias ao prato do dia de cada bicho. O elefante Joça, uma das atrações do zoológico, precisa ingerir diariamente 25.000 calorias, 500.000 unidades de vitamina A e 22 quilos de proteínas. “O cardápio depende da quantidade de capim seco que Joça comer”, diz Conceição. “Se ele recusar 20 quilos de capim, tenho de dar para ele no dia seguinte 250 gramas de proteínas, o equivalente a 21 quilos de abóbora”. Recentemente, o casal de hipopótamos do mesmo zoológico, Toquinho e Popota, ganhou um filhote – e o biólogo Marco Aurélio Corabetti foi convocado a calcular o tamanho de uma nova casa da família dos hipopótamos. “Cada animal desses precisa de 400 metros quadrados de área para circular e de um tanque d’água de 200 metros quadrados”, diz ele. “Sou biólogo, mas, nessas horas, os conhecimentos em geometria são indispensáveis.” O advogado paulista Antonio Aidat, especializado em questões de família, também teve um encontro com a Matemática quando começou a defender casos envolvendo a identificação de paternidade. “Tive de aprender análise combinatória e a teoria das probabilidades para poder trabalhar”, diz ele. Segundo o método de identificação pelo DNA – o código genético peculiar a cada pessoa -, a confiabilidade dos resultados é de quase 100%. “No exame de DNA, se houver mais de dezesseis coincidências entre os exames dos supostos pai e filho, as chances de erro são nulas, segundo a Matemática”, calcula o advogado. Formado em Letras, o tradutor carioca Márcio Aguinaga, 39 anos, já se acostumou a trabalhar com uma calculadora à mão. Ele prepara legendas de filmes estrangeiros traduzidos para o Português – mas, quando começou a trabalhar no ramo, esbarrou num problema sério.
Os espectadores não conseguiam ler, em tempo, suas legendas – e a tela ficava coalhada de palavras que escondiam a imagem. Com um cronômetro e uma calculadora, ele aprendeu que uma imagem com menos de sete segundos nunca pode conter mais de 48 letras impressas. “Desde então, minha vida é calcular a tradução num espaço mais restrito”, diz Aguinaga. Veja. Abril, ano 22, n. 39, ago., 1989.
II - Atividade Prática 1 Lendo por um outro Ângulo
1. Leia o texto com sua professora e seus colegas.
2. Agora, conversem sobre:
- o assunto a que se refere o texto; - as profissões que foram citadas no texto; - coisas interessantes que você conheceu a partir do texto; - palavras e expressões que você leu no texto e que já foram trabalhadas nas aulas de Matemática.
3. No texto, o biólogo é convocado a calcular o tamanho das instalações para a família de hipopótamos. De acordo com os dados do texto, quantos metros quadrados serão necessários para o casal de hipopótamos e o filhote que acabou de nascer? Registre no seu caderno. 4. Pesquise, com pessoas da sua família e com seus vizinhos, a profissão de cada um. Pergunte a eles como utilizam a Matemática em seus trabalhos. Registre, em seu caderno, os resultados da sua pesquisa.
Texto 2 - Contando como um computador
Quando você vê um 1 e um 0 juntos você diria que eles representam o dez. Mas para um computador eles representam dois!
Nós contamos com dez algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9. Mas um computador usa apenas dois algarismos: 1 e 0. Por isso os números de um computador não se parecem com os números que estamos acostumados a ver. Nosso oito se escreve 8. Mas o oito de um computador se escreve 1000!
Isso parece estranho, mas eis como funciona: nosso sistema de numeração tem a base 10, isto é, agrupamos os números por dezenas. 10 unidades formam uma dezena. 10 dezenas formam uma centena. 10 centenas formam um milhar. E assim por diante. Quando escrevemos 235, estamos mostrando que esse número é constituído por 2 centenas, 3 dezenas e 5 unidades.
Cada algarismo equivale ao mesmo número de cotas em um ábaco.
Sua posição indica a quantidade que ele representa. Um 3 na posição das dezenas representa 30. Um 2 na posição das centenas representa 200.
Um computador usa a base 2, o que nós chamamos de sistema binário. Ele não tem casas para as unidades, dezenas, centenas, etc. Um computador tem uma casa para o um, um casa para o dois, uma casa para o quatro, uma casa para o oito, e assim por diante. Ele usa o sistema binário, o que significa que conta os números por grupos em que cada grupo vale duas vezes o anterior (e não dez vezes, como no decimal). E usa apenas dois dígitos para contar: 1 e 0.
Quando um computador registra o número 2, ele escreve assim: 10. Isso significa 1 grupo de duas unidades e 0 grupo de uma unidade. Ele registra o número 4 assim: 100, ou seja, 1 grupo de quatro unidades mais 0 de duas unidades mais 0 de uma unidade
Como você pode ver, um computador simplesmente soma os valores de grupos para formar os números – mas pode fazer isso mais rápido do que um piscar de olhos!
O Mundo da Criança. Matemágica. Rio de Janeiro, 1988 v. 10.p.30-31.
Atividade Prática 2 Lendo por um outro Ângulo
1. Reúna-se com um colega e leiam o texto.
2. Agora converse com sua professora e demais colegas sobre: - o assunto de que fala o texto; - por que os computadores só utilizam dois dígitos para transmitir informações; - a Internet e o acesso à informação na atualidade.
3. Você já conhece o sistema de numeração decimal. Neste sistema, os algarismos que formam um número indicam a quantidade de unidades simples, de grupos de 10, de 100, de 1000 e assim por diante. E, no sistema usado pelos computadores, o que os algarismos usados indicam? 4. Faça a seguinte experiência. Pegue 15 palitos de fósforo e verifique: a) Quantos grupos de 8 palitos você consegue formar? b) Com os palitos restantes, quantos grupos de 4 palitos você consegue formar? c) Com os palitos que sobram, quantos grupos de 2 palitos você consegue formar? d) Quantos palitos sobram?
Texto 3 - Uma noite de dois cães
Por milhares de anos, as pessoas avaliaram a temperatura pelo que sentiam. Para testar a temperatura de um forno, os cozinheiros punham a mão dentro dele. Se o tempo parecia frio, as pessoas vestiam mais roupas. Há muito, muito tempo, os aborígines da Austrália vestiam pouca roupa – quando vestiam algo. Quando fazia frio à noite, eles simplesmente se enroscavam com um ou mais de seus cães. De acordo com uma história que pode ou não ser verdadeira, mediam a temperatura pelo número de cães de que precisavam para se aquecer. Uma noite de cão era um tanto fria. Uma noite de três cães era muito mais fria, é claro. Não havia maneira de medir a temperatura até a invenção do termômetro, há cerca de 400 anos. E foi só há cerca de 260 anos que um alemão chamado Fahrenheit construiu um termômetro do tipo que usamos atualmente. A palavra termômetro significa medidor de calor. O termômetro de Fahrenheit era um tubo de vidro fechado com um bulbo em uma das pontas. O bulbo era enchido com mercúrio. O mercúrio, quando aquecido, subia pelo tubo. Quando esfriado, descia para o bulbo. Para medir temperaturas, Fahrenheit necessitava de uma escala, ou uma série de marcas, no tubo de vidro. Quando punha o termômetro numa mistura de gelo e sal, a coluna de mercúrio mantinha-se baixa. Fahrenheit fez uma marca no tubo nesse nível. Chamou a esse ponto zero grau ou 0°. Agora precisava de um ponto mais alto. Em algumas outras escalas de temperatura, o calor do corpo humano era marcado pelo 12. Mas Fahrenheit tinha um termômetro muito exato e uma escala de 0 a 12 não tinha extensão suficiente. Por isso, multiplicou o 12 por oito e marcou esse ponto com o 96. Usando essa escala ele descobriu que o ponto de congelamento da água era de 32° e o ponto de ebulição era 212°. Atualmente, na maioria dos países do mundo, usa-se um termômetro com uma escala diferente. Essa escala é parte do sistema métrico. Ela é chamada escala Celsius, em honra do astrônomo sueco que a criou. Na escala Celsius, também conhecida como escala centígrada, o 0 é o ponto em que a água se congela. Equivale aos 32° da escala Fahrenheit. E na escala Celsius o ponto de ebulição da água é de 100°. Equivale aos 212° da escala Fahrenheit. O Mundo da Criança. Matemática. Rio de Janeiro: Delta, 1988 v.p.100 – 101.
Atividades praticas do texto
1. Converse com sua professora e seus colegas sobre: • o assunto principal do texto; • passagens interessantes do texto; • palavras desconhecidas que aparecem no texto; • o que vocês conhecem sobre termômetros; • o uso do termômetro para verificar a febre.
2. Agora, responda em seu caderno de acordo com o texto.
a) Por que foi usado mercúrio no termômetro criado por Fahrenheit?
b) Qual a escala mais usada para medir temperatura?
Retirado do site:www.scribd.com/doc/3347544/Matematica-A-leitura-e-a-Literatura-nas-Aulas-de-Matematica - 653k Acesso em: 08/05/2009

domingo, 3 de maio de 2009

Mensagem: O que você faria?

O que você faria se cada vez que você quisesse uma pessoa, ela não estivesse por perto????
O que você faria se a cada momento que você estivesse super feliz...existisse 10 de tristezas????
O que você faria se seu amigo morresse amanhã e você nunca tivesse oportunidade de dizê-lo como você se sentia? Então, eu só queria dizer que, se nunca mais eu falar com você em minha vida, você é muito especial e tem feito uma grande diferença em minha vida!!!!

Eu olho pra você, respeito você e tenho um grande carinho por você.
Diga isso para todos seus amigos, não importa quanto tempo estão sem conversar, ou quanto perto estão...
Deixe velhos amigos saberem que você nunca os esqueceu, e fale para os novos que você nunca irá esquecê-los...

Lembre-se, todos precisam de amigos. Algum dia você irá sentir que não tem nenhum, mas apenas lembre-se dessa mensagem e se conforte sabendo que tem alguém, em algum lugar que gosta de ti, e sempre gostará....
Eu sempre estarei por perto....
Em tempos de dificuldades
Em tempos de precisão, se você está se sentindo triste,Você pode contar comigo..Eu irei piscar,
Até você sorrir, darei-lhe um abraço, e ficarei ao teu lado. Estarei com você aqui até o fim, eu sempre e pra sempre serei seu amigo!
É a minha mensagem a você que se propôs a visitar o meu blog!
Muita luz e paz no seu caminho!